A televisão experimenta um formato de interatividade desde quando seus programas pediam para os telespectadores enviarem cartas para participar.
Hoje em dia, a participação ainda é pequena se limitando apenas no envio de mensagens instantâneas pelo Facebook e pelo Twitter, e também através do uso de hashtags.
Recentemente, a Rede Globo lançou um programa que tem um formato totalmente revolucionário, pelo menos para nós aqui do Brasil, o programa Rising Star, que veio com o nome de Superstar, e foi criado em Israel.
A versão brasileira do programa funciona da seguinte maneira: bandas se apresentam cercados por uma parede e se os telespectadores gostarem da música, eles votam através de um aplicativo que pode ser baixado gratuitamente no celular, aumentando a porcentagem de aceitação. Os jurados que também gostarem do trabalho das bandas também podem ajudar a aumentar essa porcentagem.
Quando esta atinge um determinado valor, a parede sobe e a banda pode ver a plateia e os jurados, que eles devem escolher um deles para ser seu “técnico”. Quem vencer o programa, ganha um contrato com uma gravadora e mais R$ 500.000,00.
Mais do que conhecer bandas novas, ( o que pra mim já é algo interessante, porque música nunca é demais) o mais legal do programa é ter essa interação direta, esse poder de decisão nas mãos do público. Diferente de outros programas de talentos como o X-Factor e The Voice, a decisão não é do técnico, é do público que deixou de ser apenas um comentarista do programa para se tornar o “diretor de elenco”.
É claro que não se pode deixar de lado esse tipo de programa. É só ver que o The Voice norte americano, que está na sua sexta edição. Mesmo não lançando muitos astros, a interação entre os jurados é um dos pontos fortes do programa.
Outra coisa legal que leva a interação dos telespectadores é no momento em que a banda está tocando. A parte da parede que está virada para eles aparece a foto das pessoas que estão aprovando e gostando do som deles e usando o aplicativo para participar. Quem nunca quis aparecer em rede nacional em um horário nobre?
O programa teve várias críticas sobre a escolha dos jurados e também problemas com o aplicativo, mas o passo que a Rede Globo deu para esse novo formato de programa, onde os telespectadores deixam de ser telespectadores, foi algo bem bacana e talvez seja o começo de um novo jeito de se fazer programas de televisão. Um novo jeito de interatividade, programas cada vez mais com a “cara” do telespectador.
A opinião do público nunca foi tão importante e os realitys shows nunca foram tão reais.
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