Você tem ecoansiedade? Em uma pesquisa sobre o clima conduzida pela WGSN em 2019, 90% dos entrevistados do mundo todo disseram se sentir inseguros sobre o futuro ao pensar na crise climática. A ecoansiedade é um dos medos considerado sentimento-chave do consumidor mapeados pelo estudo “Consumidor do futuro 2022”.
Trata-se de uma preocupação crônica com as mudanças climáticas, consequências diretas do processo acelerado de aquecimento global. A ecoansiedade está em alta e afeta ocidentais e orientais de todas as faixas etárias. Os jovens, no entanto, são os que mais sofrem: além de serem os herdeiros de um planeta em colapso, uma pesquisa realizada com psiquiatras infantis na Inglaterra descobriu que mais da metade dos pacientes (57%) demonstrou uma angústia coletiva em relação às questões ambientais.
Os impactos psicológicos já foram detectados por alguns estudos científicos, mas a ecoansiedade ainda não é considerada uma condição diagnosticável. Entre suas causas também é possível ressaltar o sentimento de abandono dos mais jovens em relação aos governos e aos adultos, que não cuidaram do meio ambiente como deveriam. A falta de perspectiva e de futuro e o sentimento de “condenação” de humanidade a uma catástrofe ambiental agravam o cenário.
Jovens do mundo todo já lutam para superar a ecoansiedade com psicoterapia e partindo para ação, como mostram os movimentos de Jovens pelo Clima, os plantios de árvores na China e os atos encabeçados pela ativista sueca Greta Thunberg, de 18 anos, ícone do movimento.
Fonte: Consumidor do futuro 2022, WGSN. British Medical Journal, Mala Rao e Richard Powell, London Imperial College.
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